A Fundação AIS está presente onde quer que a Igreja necessite de ajuda. A ajuda destina-se a projectos e necessidades apresentados por milhares de religiosos e missionários da Igreja Católica que estão presentes nos países mais necessitados, cuja actividade caritativa e pastoral chega, inclusivamente, onde o Estado e as ONG não chegam.
Queridos amigos,
Este é um ano muito especial para a Fundação AIS… Celebramos 25 anos de existência em Portugal, 25 anos de amor ao próximo, 25 anos a transformar a sua ajuda em esperança para milhares de cristãos que tanto sofrem em todo o mundo! Demos graças!
E é com imensa alegria que partilho convosco a preciosa ajuda de todos quantos contribuíram, num esforço solidário, em 2019, para com as comunidades cristãs vítimas de perseguição religiosa, violência e discriminação.
A ajuda concreta de 11.693 benfeitores de Portugal traduziu-se em 35.562 donativos, num total de 3 milhões de euros. (Pode consultar aqui o Relatório e Actividades 2019)
Em 2019, apoiámos 5.230 projectos em 139 países. Foram mais 211 projectos face ao anterior, o que só foi possível graças à generosidade dos mais de 300 mil benfeitores e amigos da instituição em todo o mundo. O número de pedidos de ajuda subiu para 7.154, mas infelizmente um em cada quatro teve de ser recusado por falta de meios.
Também no ano passado, África e Médio Oriente foram as principais regiões para as quais fluíram a maioria dos fundos.
No entanto, a principal ajuda no Médio Oriente passou do Iraque para a Síria.
No Iraque, após a reconstrução de casas para os cristãos que regressaram à sua terra natal, a infraestrutura da Igreja foi refeita. Foram restaurados conventos e igrejas, incluindo a Catedral Al Tahira, em Karakosh, a maior igreja cristã do Iraque. Na Síria, a questão principal continua a ser a ajuda de sobrevivência aos Cristãos devido à guerra que se manteve em 2019.
África foi, de novo, o continente em que mais se materializou a ajuda dos benfeitores da AIS. Foram exactamente 1.766 projectos que ganharam vida em 2019. Infelizmente, na região do Sahel em geral, muitos missionários e catequistas pagam com a própria vida a sua entrega a Cristo.
Apesar da perseguição e das dificuldades, sobretudo por causa do fundamentalismo islâmico, a Igreja em África está a crescer mais depressa do que em qualquer outro lugar. Só na Nigéria, nos Camarões e no Burkina Faso apoiámos mais de 260 projectos.
O apoio à Venezuela também mereceu destaque. Este povo atravessa uma das mais profundas crises da sua história, com reflexo trágico na vida e sobrevivência de milhões de pessoas.
A Igreja tem sido o único apoio para muitos. A situação é semelhante no Paquistão e na Índia, onde o fanatismo religioso islâmico e hindu ameaça os Cristãos.
Infelizmente, pudemos constatar que 2019 foi um ano de mártires! No entanto, estas notícias não nos fazem desistir. Pelo contrário! Porque esta é a nossa missão há 25 anos em Portugal!
Agradeço a cada um de vós, em nome de todos os que foram consolados e encorajados. Com o vosso gesto concreto de generosidade tornaram-se, assim, um símbolo vivo de esperança para milhares de cristãos perseguidos!
Obrigada por estarem sempre connosco! Com amizade,
Catarina Martins de Bettencourt,
(Directora da Fundação AIS)
P.S. Aproveito para partilhar que o valor recebido este ano, relativo aos 0,5% da consignação do IRS (100.297€), reverteu na totalidade para apoiar o alojamento mensal de 300 famílias refugiadas em Damasco, na Síria. Muito obrigada a todos os que fizeram esta doação.