O atentado terrorista, já reivindicado pelo auto-proclamado “Estado Islâmico” ocorreu ontem durante a missa da manhã, na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvrav, na diocese de Rouen.
Dois homens, munidos de facas entraram no edifício e sequestraram os presentes: o padre, três freiras e dois fiéis. Uma das freiras conseguiu escapar e deu o alerta às autoridades.
Na sequência do sequestro, o padre, Jacques Hamel acabaria por ser degolado, e um dos fiéis foi ferido com gravidade. Após a intervenção da polícia, os dois terroristas – que entraram na Igreja a gritar “Estado Islâmico” – acabariam por ser abatidos. A polícia deteve, pouco depois, um menor por alegada cumplicidade com os dois terroristas.
O Papa Francisco foi logo informado do atentado e manifestou o seu “horror” por mais esta manifestação de “violência absurda”.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, revelou que o Papa manifestou ainda a sua “proximidade à comunidade de Rouen e a todo o povo atingido por este ataque”. O arcebispo de Rouen, Dominique Lebrun, que se encontrava na Polónia a acompanhar a Jornada Mundial da Juventude, regressou a França para acompanhar pessoalmente a comunidade paroquial que se encontra em estado de “choque”.
Em Portugal sucederam-se as mensagens de repúdio pelo atentado e de solidariedade para com as vítimas. Além do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também a Conferência Episcopal Portuguesa, através do seu porta-voz, o padre Manuel Barbosa, expressou a sua condenação por este atentado odioso numa igreja católica.
Por seu lado, o arcebispo de Paris, Monsenhor André Vingt-Trois, falou de “um sentimento de horror e o coração elevado pela desproporção horrível entre o ódio e a violência do ataque e a fraqueza das vítimas”. “Atacar um velho de 86 anos é a barbárie”, acrescentou.
O ataque à comunidade cristã não surpreendeu o arcebispo, que recordou que “há vários anos que os cristãos do Oriente são perseguidos, expulsos das suas terras e das suas raízes”. O prelado, em declarações ao canal TF1, deixou ainda uma pergunta para o futuro: “Devemos acreditar que os cristãos do resto do mundo estão protegidos desta violência?”
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