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FRANÇA: Concluído processo diocesano de beatificação do padre Jacques Hamel, assassinado em plena igreja em 2016

11 março 2019
FRANÇA: Concluído processo diocesano de beatificação do padre Jacques Hamel, assassinado em plena igreja em 2016
Ficou concluído, no sábado passado, o processo diocesano de beatificação do padre Jacques Hamel, assassinado em 26 Julho de 2016 em plena igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, em Rouen, França, em consequência de um ataque de fundamentalistas islâmicos.

A sessão de encerramento realizou-se na sede da Arquidiocese e o processo foi depois enviado para a Congregação para as Causas dos Santos.

Para a beatificação do padre Hamel, a Igreja Católica atribuiu um carácter de excepção, desvinculando a norma canónica que impõe um período de pelo menos cinco anos para a abertura dos respectivos processos. Este carácter de excepção só foi usado, em tempos recentes, para São João Paulo II e Madre Teresa de Calcutá.

Aliás, poucos meses após o assassinato do padre francês, já o Papa Francisco proclamava-o mártir. Em Setembro de 2016, na Casa de Santa Marta, perante um grupo de peregrinos oriundos da diocese de Rouen, que incluía o Bispo Dominique Lebrun, o Santo Padre referiu-se ao padre Jacques Hamel como um “mártir bem-aventurado” símbolo da “perseguição” aos cristãos.

“O Padre Jacques Hamel foi degolado na cruz, precisamente enquanto celebrava o Sacrifício da Cruz de Cristo. Um homem bom, manso, de fraternidade, que procurava sempre a paz, foi assassinado como se fosse um criminoso. Esta é a linha satânica da perseguição”, disse o Papa Francisco.

Nessa intervenção, em Setembro de 2016, o Santo Padre denunciou, numa simples frase, toda a violência em nome de Deus e a intolerância e o ódio por causa da religião. “Como seria bom que todas as confissões religiosas dissessem que matar em nome de Deus é Satânico”. E acrescentou: “Que Ele, do Céu, porque devemos rezar-lhe, é um mártir! E os mártires são bem-aventurados, temos de rezar-lhe, para que nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz e também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico.”

O Padre Jacques Hamel tinha 86 anos quando foi degolado na igreja, num ataque reivindicado de imediato pelo auto-proclamado Estado Islâmico que se referiu aos assassinos do sacerdote como “soldados”. Reformou-se aos 75 anos, mas pediu para continuar a viver na paróquia porque “queria estar presente para ajudar”.

O pároco de Saint-Etienne, Augustus Moanda-Phutai, falou dele como “um padre corajoso tendo em conta a sua idade”. “Os sacerdotes têm o direito de se aposentar aos 75 anos, mas ele ainda se sentia forte. E quis continuar porque, dizia, 'não havia padres suficientes' e, portanto, já que ele ainda poderia servir, preferiu continuar a trabalhar”.

O padre Hamel costumava dizer que os sacerdotes não se aposentam e que ele iria continuar a trabalhar até ao último suspiro da sua vida. Ao longo de toda a vida ganhou a fama de ser um homem bom. Assassinado por radicais islâmicos, era conhecido por ser um promotor do diálogo entre religiões…

PA| Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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