O Cardeal Malcolm Ranjith afirmou este domingo que está disposto a promover manifestações de rua se as autoridades não assumirem todas as responsabilidades relacionadas com os mortíferos atentados bombistas da Páscoa do ano passado.
Na base desta decisão está a suspeita de que havia informação privilegiada ao mais alto nível sobre a iminência dos ataques e nada foi feito para os evitar.
“O mais alto responsável do governo deveria ter sido levado ao Departamento de Investigação Criminal para ser questionado sobre o que sabia antes das explosões da Páscoa”, afirmou o Cardeal no passado domingo, dia 8, na Igreja de Tewatta.
Adensando as suspeições sobre este caso, o Cardeal Malcolm Ranjith acrescentou ainda que “há relatos de que agentes da polícia que investigam as explosões suicidas” estarão a ser “transferidos”, e exigiu que o governo “deve publicar” todos os relatórios produzidos pelo comité responsável pela investigação aos atentados bombistas.
Os atentados no Domingo de Páscoa do ano passado, com explosões em três igrejas e três hotéis de luxo, causaram cerca de três centenas de mortos e pelo menos meio milhar de feridos e terão sido executados por nove terroristas pertencentes ao grupo extremista islâmico local National Thowheed Jamath.
Os atentados no Sri Lanka, que visaram de forma brutal os cristãos, marcaram o ano passado como um dos exemplos da escalada de violência contra esta comunidade religiosa em muitos países do mundo.
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